O Nominalismo
Erudito de Jung
Envio previsto para Dezembro.
FICHA TÉCNICA:
Carl Gustav Jung tornou-se, ao longo das décadas, uma figura familiar. Demasiado familiar. Sua imagem foi sendo suavizada, seus conceitos diluídos, suas contradições apagadas em nome de uma psicologia assimilável e inofensiva. Como observa Peter Kingsley, “as ideias de Jung — e o próprio Jung — foram sendo domesticados com sucesso. Tornaram-se seguros, educados, aceitáveis”. Este livro rompe com esse processo.
Ao propor a figura do nominalista erudito, Heraclito Aragão resgata um Jung pensador — inquieto, sistemático, implicado em questões filosóficas fundamentais. Partindo de uma análise precisa do termo Gelehrte e de seu mau uso na tradição junguia-na em língua portuguesa, o autor reconstrói a afinidade profun-da entre a psicologia complexa e o pensamento nominalista, afastando-se tanto das leituras esotéricas quanto das abordagens terapêuticas domesticadas.
Sem concessões à reverência ou ao didatismo simplificador, o resultado é uma obra densa, provocadora, que desafia a comuni-dade junguiana a pensar com mais precisão — e menos compla-cência. Contra o consenso fácil, um gesto erudito.
Armando de Oliveira e Silva
Este livro não é uma introdução ao pensamento de Jung. Não tenta simplificá-lo, muito menos canonizá-lo como figura pacificada entre os “clássicos da psicologia”. Ao contrário: Heraclito Aragão rompe deliberadamente com a tradição acomodada da literatura junguiana. Em vez de repetir os lugares-comuns —o “Jung místico”, “profundo”, “espiritual” —, ele escava uma figura esquecida: a do nominalista erudito.
O ponto de partida é já uma afronta à vulgarização: o termo Gelehrte, geralmente traduzido de forma empobrecedora como “culto”. A partir desse detalhe linguístico, o autor desarma, peça por peça, a construção rasteira que transformou Jung num produto de consumo terapêutico. Ao articular história cultural, epistemologia e metafísica, Aragão não apenas expõe: ele tensiona, contesta e recoloca Jung no cerne do debate filosófico — onde poucos ousaram situá-lo.
Este livro é um ataque frontal ao adestramento interpretativo a que Jung foi submetido. É também um gesto de reinvenção crítica: nele emerge um Jung indomável, incômodo, lúcido e profundamente comprometido com as fissuras da linguagem, dos conceitos e da cultura.
Para quem busca conforto, este livro será um desconforto. Para quem busca pensar, ele é uma convocação.
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