A viagem no tempo é um dos elementos narrativos da ficção científica mais intrigantes, a possibilidade de conhecer grandes momentos históricos ou o futuro longínquo. Dada a impossibilidade real, podemos apenas sonhar com seus potenciais, e isso é explorado na maxi-série da Sergio Bonelli Editore, Lilith.
No segundo capítulo a personagem viaja para o Caribe e conhece a pirataria em dois momentos cronológicos: na primeira metade do século XVII, e em seguida salta para o início do XVIII. Luca Enoch se mostra ainda mais confortável com a história e sentimos um roteiro mais orgânico por se livrar das amarras da obrigatória apresentação da personagem, Lilith não cai mais no sono com tanta frequência e embora vejamos uma tentativa de minimização de impacto, assume-se que suas viagens podem causar alterações cronológicas, mas elas são consideráveis praticamente irrelevantes perante o perigo maior que é a destruição de todo o tempo pelo parasita alienígena.