Conan não se limitou a literatura e migrou então para outras mídias, primeiramente para os quadrinhos entre 1952 e 1966 de forma não oficial no México começando com a adaptação do conto “A Rainha da Costa Negra”. E apesar de não ser oficial, a revista teve um tempo de vida considerável abarcando inclusive histórias inéditas.
 
Em seguida, o personagem teve uma longa vida na editora Marvel entre as décadas de 1970 e 1990, passou em 2003 para as mãos da Dark Horse, e mais recentemente voltou para a Casa das Ideias. Mas não se resume apenas a essas editoras norte-americanas, pois os direitos de uso do personagem entraram em Domínio Público em várias partes do mundo e outras editoras passaram a criar novas histórias ou adaptações dos contos do personagem.
 
Apensar desta trajetória de sucesso, podemos dizer que Conan ganhou mais notoriedade com os dois filmes estrelados pelo então desconhecido Arnold Swarzenegger produzido por Roy Thomas que também ajudou no roteiro da continuação. Conan – o Bárbaro no ano de 1982 e Conan – o Destruidor de 1984 conquistou o público, mas ao focar apenas na força física do personagem perdeu uma das principais características que é a inteligência e capacidade estratégica.
A franquia terminaria em um terceiro filme, de nome Conan – o Conquistador em 1987, mas por causa de atrasos na produção e a obrigação de Swarzenegger participar por contrato de mais uma sequência ter expirado, ele não aconteceu. Uma jogada de negociação fez com que o ator participasse de Red Sonja, mas isso ocorreu com o nome de Lord Kalidor. E o roteiro do terceiro filme, que originalmente ficara com o “Exterminador”, foi adaptado para Kull – o Conquistador, com Kevin Sorbo em 1997.
 
Em 2011 houve uma tentativa de ressuscitar a franquia com Jason Momoa no papel de Conan. Mas o filme fracassou nas bilheterias. O filme não é ruim, na realidade ele apresenta um personagem muito mais próximo do idealizado por Robert Howard, parecido com a versão mais esbelta dos primeiros anos de aventura do personagem, além de demonstrar pensamento estratégico apurado. Porém, o vilão foi mal desenvolvido e as sequências de ação finais mais parecem videogame que uma aventura do Conan e somado à imagem do Swarzenegger, ainda presente no imaginário popular, as continuações previstas foram canceladas. Há ainda o rumor de novas adaptações, inclusive trazendo de volta o Swarzenegger, no entanto as negociações ainda estão muito nebulosas.
O Conan ainda estrelou duas séries animadas em 1992 e 1997, com 13 e 22 episódios respectivamente. Oito jogos virtuais, o último deles, Conan Exiles prometia ser um mundo aberto de sobrevivência que permitiria explorar todos os continentes da Era Hiboriana com diferentes personagens criados pelos jogadores. Infelizmente foi uma promessa que não correspondeu a toda expectativa criada e em dois anos de lançamento poucos lembram dele. Além disso, ele teve boas adaptações para jogos de tabuleiro e módulos de expansão para cenários e criação de personagem em sistemas de RPG como D&D e GURPS.
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